Foi com a O
utra Face da Lua que descobri o mundo Vintage, ainda nas instalações do
Bairro Alto. Depois da roupa começou o gosto pela bijuteria vintage, já nem sei bem como... Hoje em dia, não consigo sair de casa sem um toque pessoal, no mínimo uma pregadeira vintage ou uma flor artesanal de tecido, crochet ou feltro, feita por mim.
Talvez um dia tenha marcado o divórcio com a bijuteria de baixo preço, contemporânea e à venda em série nos centros comerciais: tinha acabado de comprar um colar, fui trabalhar com ele, toda contente com o "modelito" e, no mesmo dia vi 3 iguais no Metro! Depois comecei a pensar numa conversa que tinha tido com uma amiga viciada em bijuteria (sim, que numa sociedade consumista uma mulher nunca tem nem bijuteria, nem sapatos, nem roupa suficientes) que me dizia que nunca dava mais de x€ por um colar ou por uns brincos e achei que estava na altura de fazer opções. Tendo um orçamento para bijuteria, teria de o gerir de acordo com a minha necessidade de não querer ser igual aos outros.
A bijuteria vintage, incluindo a dos Anos 80, é feita de materiais mais pesados e com maior qualidade do que a bijuteria actual. As peças vintage são raras, únicas, a maior parte com um design excepcional e existem em pequenas quantidades. Assim, com uma simples bijuteria vintage, uma pregadeira, por exemplo, consigo escapar à odiada massificação, ter um estilo próprio e individual. Assim terá começado a minha procura por bijuteria acessível mas diferente. O facto de ter frequentado cursos na
Modatex, de ter começado a estudar Moda e Design apenas apurou um gosto de que já tinha. Comecei a ler, a estudar História da Moda e da Bijuteria, a aprofundar conhecimentos. Ainda hoje o faço, vejo catálogos de bijuteria dos Anos 50 e 60, pequiso sobre os meus designers favoritos:
Trifari,
Coro,
Sarah Coventry...
Apenas posso dizer que as minhas escolhas de moda são um reflexo da minha personalidade, uma forma de auto-expressão, e sinto-me bem assim ;)